Os Ícones do Hammond: Peugeot 205 GTi

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Fotos: Justin Leighton

Nenhum outro carro que já mencionei aqui tem tantos clichês associados à ele quanto este carro. E eu tentarei evitar todos.

Se eu mencionar algo que lembre Margaret Thatcher, músicas de gosto duvidoso, o poder da ganância, suspensórios vermelhos ou qualquer outra baboseira dos anos 1980, peço que alguém por favor chute a minha cara. Porque esta seção trata de lendas, os carros que realmente destacam-se devido ao que são, ao que podiam fazer, e o que podiam fazer à sua alma. Ou às suas calças.

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O Peugeot 205 GTi foi, e ainda é, uma verdadeira lenda. Simples. Não preciso contextualizar para falar sobre como ele era bom na época, como ele evoluiu o conceito de carros pequenos, rápidos e de preço acessível, nada disso. Apenas olhe para ele – é uma beleza. Dá para ver o trabalho da equipe de design gotejando de todos os cantos da sua pequena e suculenta forma. Isto é mais que algumas peças de plástico coladas a um carrinho de compras… O formato fundamental é impressionante.

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As rodas “pepper pot” são uma das rodas mais bonitas a serem instaladas em um carro. No que tange aos hatchbacks, eu diria que nenhuma outra roda é tão bonita quanto estas. A pose mais agressiva do GTi tornam-as mais atraentes. O mesmo acontece no interior – você só vê beleza.

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Não vamos ficar todos nostálgicos por causa do toca-fitas e dos assentos cobertos parcialmente em couro, a nostalgia é sobre voltar ao passado. Não precisamos de nada disso aqui. O Pug não é apenas bonito para a sua época, ele ainda é algo lindo de se admirar hoje. Ou em qualquer outra época.

E é lindo de se ouvir também. O pequeno 1.6 4-cilindros murmuria e berra, gosta muito de acelerar forte e usa os seus modestos 115 cavalos para lançar o pequeno carro de 885 kg até 96 km/h em respeitáveis 8.7 segundos. E agora, eis outro enorme clichê aproximando-se feito um alce na estrada… O 1.6 sempre foi melhor que a versão 1.9, mais potente.

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É mais equilibrado, acelera melhor, enfim. Bem, há aqueles que discordam, que dizem que a força extra do motor maior, com o seu tempo de combustão maior, mais do que compensa por qualquer lerdeza a baixos giros com um senso elevado de urgência e, sim, possivelmente de perigo. Pessoalmente, acho que o 1.6 provavelmente era o melhor… E tem algo atraente em tirar o máximo possível de um motor mais modesto.

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De qualquer maneira, seja um 1.6 ou um 1.9, se provocar o GTi, ele oferecerá muita diversão às antigas, que é difícil de encontrar hoje em dia. Se alguém ainda não sabe o que é “lift-off oversteer” (quando o carro sai de traseira numa curva sem acelerar) e como é a sensação, precisa mesmo dar uma volta num destes.

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O volante acaba ficando praticamente redundante às vezes, com o seu pé direito cuidando da direção; se desacelerar um pouco, o carro derrapa um pouco, e se desacelerar mais, a derrapada será maior e criará um senso renovado de propósito para o pequeno volante, quando ele é utilizado apenas para manter as coisas sob controle. É incrivelmente viciante.

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Pelo menos, ele está numa pista. Em vias públicas, tais atos podem ser considerados um tanto rebeldes e, sim, o carro com motor maior certamente ganhou notoriedade por causa dos prêmios de seguro elevados.

A configuração da suspensão era, como todos sabiam, bem elegante, sendo independente tanto na frente quanto atrás. Mas é a leveza e sua “pose” que tornam esta coisa algo tão divertido.

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Não adianta, eu quero um destes. Você também deveria ter um. Não é nenhum carro clássico mimado, não é delicado ou frágil, e nem será caro de manter. Ele é simplesmente muitíssimo mais divertido que qualquer outro “hot hatch” moderno que eu possa imaginar agora e, se o mundo fosse um lugar mais justo e maravilhoso, seria algo natural todos com idades entre 17 e 22 anos terem um Peugeot 205 GTi.

Sobre johnflaherty

Meu nome é Sadao H. Konno, mas sou mais conhecido como "John Flaherty". Por quê? Porque sim, uai! Desde criança, eu gosto de carros, tanto que minha lembrança mais antiga dessa época é de uma capa da antiga Audi Magazine. Nunca fui muito de ler os grandes clássicos da literatura, mas o que me salvou foram as revistas especializadas em carros. Mais precisamente, a QUATRO RODAS, a MOTOR SHOW e, recentemente, a AUTO ESPORTE. Acho que foi em 2009 que descobri o Top Gear, e desde então, virei um grande fã da trupe formada pelo Jezza, Hamster, Capitão Lerdo e Stig. Em 2010, inspirado por uma amiga da faculdade, decidi começar a legendar vídeos do Top Gear e postá-los no YouTube. Infelizmente, minha conta foi bloqueada pela BBC, mas agora, ofereço suporte ao blog Top Gear BR.

Publicado em 19/07/12, em Hammond, TopGear.com e marcado como , , , . Adicione o link aos favoritos. 6 Comentários.

  1. germaniobr

    Vendo isto me lembro que nós somente agora passamos a ter variedade automobilistica… e ainda assim, à preços impraticáveis aos réles mortais… enquanto lá fora as coisas sempre borbulhavam e a quantidade de escolhas era quase sempre infinita…

  2. aqui em casa tem o 1.4 e ja é bem legal de acelerar imagin ao 1.6!

    []s

  3. joao alberto

    carro bacana, daria um baita track car.

  4. Realmente o carrinho é muito charmoso, pena que no brazil essas opções são bem limitadas, mas preciso ser sincero, eu não sou fan de carro pequeno… hehe

  5. eu tive um xsi (1.4) … realmente carrinho muito gostoso de dirigir… vc senta quase no chao centro de gravidade baixa… tende a sair um pouco de frente qd voce abusa… troquei pq a manutencao era muitoooooooooo cara e sempre q precisava de pecas demorava pq nunca tinha nas autorizadas aqui no rio… recentemente fiquei sabendo pelo novo dono que uma garagem inteira caiu encima dele vi ate as fotos… descanse em paz pugzinho 😦

  6. Amo este pug estou montando o meu com com mecanica do c4 pallas 2.0 16v com turbo .50 e intercooler talvez participe do track day em interlagos no fim do ano!!!!!

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